10 maio 2016

Apocalipse Z: a vez dos zumbis

Autor: Manel Loureiro Doval
Tradutor: Sandra Martha Dolinsky
Editora: Planeta do Brasil
Ano: 2010
Páginas: 365
Título Original: Apocalipse Z

Sinopse: Em uma pequena cidade espanhola, um jovem advogado leva uma vida tranquila e rotineira. Um dia, porém, começa a ouvir notícias sobre um incidente médico ocorrido em um país remoto do Cáucaso. Apesar de aparentemente corriqueiras, as notícias chamam tanto sua atenção que ele resolve registrar suas impressões em um blog. Aos poucos, o que eram apenas acontecimentos incomuns ocorridos em um país distante começam a se espalhar por toda a Europa. Em menos tempo do que poderia supor, o terror se instala. Ruas, bairros e cidades inteiras são tomados por criaturas com um comportamento assustador. Sem nunca ter visto nada parecido e completamente vidrado pela notícia, ele mal se dá conta de que, enquanto acompanha o desenrolar dos fatos de sua casa, a cidade onde mora também está sendo invadida por aquelas bizarras criaturas. Isolado, apenas com seu gato Lúculo e um vizinho, só lhe resta criar uma estratégia de fuga até conseguir encontrar outros sobreviventes. Entretanto, ao conseguir refúgio, ele logo descobrirá que a guerra está apenas começando.



                           Zumbis estão entre os seres que eu mais gosto no mundo macabro, de forma que cedo ou tarde eu iria trazer eles até o blog, seja por livros ou por filmes. Apocalipse Z é um livro típico que lembra muito o bom e velho Resident Evil: o mundo está acabando e alguma coisa quer te devorar. E essa coisa é chamada de zumbi, um ser que parece sem inteligência e morto, mas que na hora h realmente vai te encurralar em alguma parede e te fazer mijar nas calças de medo.
                             Comprei o livro para ler e me interessei por ele não só pela temática, que é muito boa e interessante, mas também pela criação do livro, ou seja, os motivos pela qual o personagem começa a ter contato com o mundo. Caso você se lembre de The Walking Dead lendo, não se assuste: cara de um, focinho do outro.

                     O livro é diferente de tudo o que já li, e falo isso porque o personagem principal é apenas conhecido por “advogado”, uma vez que o livro não traz o nome dele em momento algum. De forma meio trágica, tudo começa com o desenvolvimento de um blog pessoal dele, na qual, por sugestão de seu psicólogo após a morte de sua esposa, ele tem contato com uma matéria sobre um acidente de carro, que parece um fato insignificante, se não fossem as proporções deste acontecimento que começam a rodear o mundo. Alguma coisa estava contagiando o mundo, e o advogado descobriu isso quando o governo fechou as portas para tudo, o pais ficou sem tráfego e as pessoas passaram a se refugiar em casa.

                        Diante da ameaça, até então desconhecida, o advogado e seu fiel amigo gato preguiçoso Lúculo, começam a perceber que a vida jamais voltará ao normal: na rua em frente a sua casa, pessoas começam a se arrastar, caçando, esperando, buscando... Carne fresca. Desta forma, o advogado e o gato se tornam sobreviventes, negando a ideia de buscar uma base militar segura, uma vez que nada confirma a existência e sobrevivência de uma das terríveis coisas que estão à solta no mundo.
                          Até então, tudo pode parecer bom, legal, ficar isolado, no silêncio, jogado no sofá, enlouquecendo aos poucos sendo que todas as pessoas que você conhece estão se arrastando pelas ruas... Enfim, se parecia ruim, sempre pode piorar, é a regra da vida. A energia elétrica acaba, a água e a comida estão praticamente escassas, de forma que isso é o suficiente para que o advogado note que não pode se esconder pra sempre, precisa ir em busca de mantimentos em outras regiões. Desta forma começa a saga do advogado e seu fiel amigo gato em busca da sobrevivência.
                         Ressalto apenas que, quando a energia elétrica acaba na cidade e tudo vai pro “caralho”, o advogado começa a escrever em seu caderno como tudo acontece, os dias que passam e coisas do cotidiano que eu acredito ser uma forma do personagem em si não se sentir tão só.
                         Para os fãs de Resident Evil e The Walking Dead, este é um ótimo livro que certamente vai deixar os olhos destas pessoas brilhando de alegria. Fora que é um livro de fácil leitura e que em momento algum se torna maçante.
                         Agora que definitivamente as férias acabaram e o sonho do descanso sem aulas, trabalho e essas coisas acabou, indico este livro para ficar sempre na bolsa ou mochila, uma leitura rápida e aconchegante.

                          Mas cuidado....É bom sempre ter suprimento extra em casa. Nunca se sabe quando eles estarão na sua rua, violentos e descontrolados.
Por Bruna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário