09 junho 2015

P.S. Eu sempre irei chorar

Autor: Cecelia Ahern
Tradução: Carolina Caires Coelho 
Editora: Novo Conceito 
Ano: 2012 - 5ª Ed.
Páginas: 365
Título Original: P.S. I love You
(P.S. Eu te amo: Existem amores que duram mais que uma vida) 
Gênero: Ficção Irlandesa

Sinopse: Algumas pessoas esperam a vida inteira para encontrar sua alma gêmea. Mas esse não é o caso de Holly e Gerry. Eles eram amigos de infância, portanto conseguiam saber o que o outro estava passando e, até quando brigavam, eles se divertiam. Ninguém conseguia imaginá-los separados. Até que o inesperado acontece e Gerry morre, deixando-a devastada.
Conforme seu aniverário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas no qual Gerry, gentilmente, escreveu uma carta para cada mês da nova vida dela sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dança e ser mais corajosa do que nunca. Ela percebe que a vida deve ser vivida, mas que é sempre bom ter alguém para te guiar. 


Desde quando surgiu a ideia do blog eu prometi para mim mesma que falaria tanto do livro quanto do filme por um motivo mega especial chamado: Eu chorei muito, do início ao fim. Você deve se perguntar "ela é muito romântica para tanto" e dai eu irei te responder "meu amigo, se você um dia me falar algo meloso sou capaz de rir e te dar as costas". Eu não sou romântica, não gosto de muita ladainha sentimental até porque meu cupido sempre teve problemas comigo mas quando eu assisti o filme eu me rendi e chorei em cada segundo dele, do início ao fim literalmente. Precisei ler o livro em seguida e, posso dizer sem sombra de dúvidas, que eu amo esse filme e que sempre que o vejo eu volto a cair no choro simplesmente por ser lindo. Não preciso nem descrever que já me sinto até emocionada em lembrar das palavras do filme, muito menos que estou até arrepiada para escrever certo? 
Minha amada Holly, não sei aonde você está e  onde exatamente está lendo isso. Só espero que esteja bem. Você me disse há pouco tempo que não conseguiria continuar sozinha. Mas você consegue, sim, Holly. Você é forte, corajosa e vai conseguir passar por isso. Vivemos coisas lindas juntos e você fez a minha vida . Não tenho arrependimentos. Mas sou apenas um capítulo da sua vida, muitos outros virão. Guarde nossas lindas lembranças, mas, por favor, não tenha medo de criar outras.
Obrigado por me dar a honra de ser minha esposa. Por tudo, sou eternamente grato. {pag. 29} 
Como sempre, algumas coisas do livro mudaram para o filme mas eu realmente acho ambos muito bons. A ideia de como chegam as cartas foi uma das coisas que eu queria que tivesse ficado como no filme, achei melhor estruturado do que no livro então acho que desta vez posso dizer que o filme superou um pouco o livro, o que me dá sim muito orgulho pela leitura. O Gerry ficou lindamente representado no filme pelo ator Gerard Butler (This Is Sparta!! - acho que assim vocês saberão quem é /risos) sem contar que ele é realmente muito divertido como é descrito no livro. Não posso deixar de comentar um dos "erros de gravação" ou "acidentes" que ocorreram entre ele e a Hilary Swank que faz a Holly: Na cena de striptease o suspensório dele atingiu a cabeça de Hilary e ela teve que ser levada ao hospital! Não dá para acreditar nisso mas eu confesso que conforme eles comentavam isso em entrevistas passaram a ser meu casal fictício favorito. Acho que eles sim fizeram o filme ficar incrível. 

Tanto o filme quanto o livro tratam muito da ideia de que a vida da Holly tem que continuar além do que passou, e o fato do Gerry ter escrito cartas de incentivo a ela do tipo "compre um vestido novo" ou "não tenha medo de se apaixonar novamente" torna o livro/filme quase uma auto-ajuda. Existem muitas pessoas que acabam perdendo seus "grandes amores" e não conseguem dar a volta, caem em uma depressão profunda e param a vida por ai. Eu indico sim o filme e o livro não só para essas pessoas, mas para todo mundo que tenha um pouco de interesse. 

A cena que eu realmente me lavei no filme foi a da última carta que eu faço questão de citar ela aqui, porque no livro ela não está (não dessa forma): 
Última carta: Querida Holly, eu não tenho muito tempo! Mas tenho a impressão de que é a última carta porque só resta uma coisa pra dizer, não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homem, Holly. E, por isso, eu sou eternamente grato, literalmente, Se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura ou perder completamente a fé vai tentar olhar para si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, eu tive muita sorte. Você foi a minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua. Haverá mais, eu prometo. Portanto, aqui vai meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta aquele sinal de que não haverá nada igual. P.S.: Eu sempre irei te amar. 



Vale a pena conferir, sei que muita gente não gosta desse tipo de livro então eu sugiro o filme, embora duvido que depois você não vá querer ler o livro. E fica de dica: muitos lencinhos. Te desafio a não chorar! 
Era uma mulher que cometia erros, que ás vezes chorava em uma segunda-feira de manhã ou a noite, sozinha em sua cama. Era uma mulher que com frequência ficava entediada com a vida e que tinha dificuldades para acordar para trabalhar de manhã. Era uma mulher que tinha muitos dias ruins, que se olhava no espelho e se perguntava porque não conseguia simplesmente se arrastar para a academia mais vezes, era uma mulher que às vezes odiara o trabalho e questionara seus motivos para viver neste planeta. Era uma mulher que às vezes entendia as coisas do modo errado. Por outro lado, era uma mulher com um milhão de lembranças felizes, que sabia como era viver um amor verdadeiro e que estava pronta para viver mais a vida, amar mais e criar novas lembranças. Se demorassem dez meses ou dez anos, Holly obedeceria à mensagem final de Gerry.(...)Enquanto isso, apenas viveria. {p. 364-365} 
 A autora é formada em jornalismo e comunicação e escreveu este romance aos seus 21 anos. Ela ainda escreveu Onde terminam os Arco-Íris; Aqui é o melhor lugar; Se você me visse agora; As suas lembranças são minhas. Seus livros foram publicados em mais de 40 países (uau, isso é muita coisa!) e foram vendidos mais de 13 milhões de cópias em todo o mundo. Vale a pena ressaltar que ela tem escrito contos em livros editados por organizações beneficentes sem fins lucrativos. Pontos para a escritora e quero sim ler mais livros dela. 

Por Bruna 

Nenhum comentário:

Postar um comentário