10 junho 2015

A Rosa Branca

Autor: Glen Cook
Tradução: Domingos Demasi
Editor: Record 
Ano: 2014 -1ª Ed.
Páginas: 376
Título Original: The White Rose 
(A Rosa Branca) 
Gênero: Ficção Americana.

Sinopse: Após fugir de Zimbro e da Dama, sua antiga empregadora, a Companhia Negra esteve à beira da ruína. Seis anos depois, o grupo de mercenários conseguiu se reestruturar e agora ajuda Lindinha, a reencarnação da Rosa Branca, a comandar um exército rebelde contra a Dama, derrotada pela Rosa muitos séculos atrás. Porém, uma grande ameaça paira sobre os dois lados do conflito: o Dominador, ex-marido da Dama, pode estar planejando mais uma tentativa de se libertar de seu túmulo -e talvez não haja tempo para detê-lo. Medidas desesperadas precisam ser tomadas e, Chagas, o médico e cronista da Companhia, terá de assumir um papel fundamental nesse conflito capaz de abalar a lealdade e decidir o destino do mundo. 

A Rosa Branca é o volume 3 da série Companhia Negra do escritor Glen Cook. Acho necessário salientar que ela é totalmente escrita a partir da visão de Chagas, o médico da equipe de mercenários. Em muitos momentos temos capítulos da visão de um terceiro, distante dele, mas é muito raro. O livro é escrito em terceira pessoa e eu o considero um livro médio, ou seja, não é dos melhores que já li mas também não merece ser classificado como um dos piores. 

O escritor muitas vezes deixa a desejar durante o livro, as vezes os próprios diálogos entre os personagens tem que ser relidos para serem compreendidos, o que ao meu ver deixa o livro um pouco em baixa. Dos três livros já lançados (Companhia Negra, Sombras Eternas e a Rosa Branca) até agora o que eu mais gostei foi este último, a Rosa Branca.  A coisa que menos gostei do livro todo é a narração com as baleias de ar -sem comentários galera, minha linda cabeça não consegue visualizar algo como aquilo e o escritor também não faz uma descrição detalhada do que seria. Para mim, uma viagem total essa parte, e confesso que li essas cenas sem vontade também (opa, confesso). 
Um homem velho e cansado. É isso que eu sou. No que se tornaram o fogo, o ímpeto, e a ambição de antigamente? Era uma vez meus sonhos, sonhos agora esquecidos. Em dias tristes, tiro a poeira deles e os acaricio nostalgicamente, com uma condescendente admiração pela ingenuidade do jovem que os sonhou. {pag. 11 -Sobre Chagas} 
Temos que compreender que todo o livro gira em torno da Companhia Negra, com a presença do Chagas, dos magos Caolho e Duende -que dão toda a graça do livro por estarem sempre se cutucando, Lindinha -reencarnação da Rosa, o Dominador, a Dama e os Tomados que são os ajudantes da Dama. Gosto muito da ideia da Dama ser uma força enorme que podemos até considerar "trevosa" que aprisionou o marido (Dominador) e que não quer que ele volte a exercer seu poder de forma alguma. 
O dominador é o bicho-papão que as mães conjuram para amedrontar as crianças. Embora tenha sumido há quatrocentos anos, sua marca permanece indelével. {Pag. 185}
Acho que esses personagens se aproximam bastante da ideia que eu tinha de Sauron, em Sr dos Anéis -por favor Tolkien não se revire no caixão por eu estar lhe comparando com outra pessoa porque você é incomparável. Também posso comparar a história com a do Sr. dos Anéis porque a própria Dama comanda seus exércitos sobre uma Torre (olha a cópia ai gente, mas eu gostei mesmo assim). A ideia de ela dominar os Tomados também me equipara aos Orcs do Sr. dos Anéis mas... 

Gostei do personagem Bomanz, não sei direito que fim teve ainda, nem porque só apareceu agora. Mas gostei das cartas recebidas pelo Chagas sobre a história dele, acho que ilustrou bastante as coisas, embora o autor esqueceu completamente de situar se esse homem era de um presente ou de um passado. Mas isso você descobre no decorrer do livro. 
-Pai! Do que você está falando? Você dedicou toda a sua vida a isto.
-O que estou dizendo, Stance, é que estou com medo. Uma coisa é perseguir um sonho. Outra é alcançá-lo. Você nunca consegue o que espera. Tenho a premonição de um desastre. O sonho pode ser natimorto. {Pag. 72 -Bomanz e seu filho} 
Outro detalhe importante, que eu acho que vale a pena ressaltar, é a capa magnífica da série. Acho que merecemos dar destaque à Sérgio Campante e a Renan de Moraes que fizeram a criação dela. Das três, também achei a melhor de todas essa. Os traços, os detalhes do dragão e de uma mulher encapuzada, da torre, achei muito legal. 

Glen Cook, o autor da série, nasceu em 1944, serviu na Marinha e graduou-se em psicologia. Ele começou a escrever enquanto trabalhava em uma grande montadora de automóveis.Temos a informação de que o livro foi lançado em 1980 originalmente. Se eu gostei do livro? Muito. Agora vamos aguardar o próximo livro da série que ainda não tem data para ser lançado, nem capa nem nada. Mas que venham os próximos! 


Por Bruna 

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