23 julho 2015

Cidades de Papel - Livro e Filme


Autor: John Green
Tradutor: Juliana Romeiro
Editora: Intrínseca
Ano: 2013 
Páginas: 368
Título Original: Paper Towns
Gênero: Ficção

Sinopse: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. 
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.


Andei um pouco afastada daqui por causa do Exame da Ordem, e apesar de toda a dedicação, acabei não passando. Porém, aqui não é lugar de ficar se lamentando, certo? Certo! E para dar uma animada após o acontecido, nada como um bom cineminha em boa companhia. 

Terça-feira foi dia de ir conferir finalmente Cidades de Papel. Só não fui antes porque eu queria terminar o livro antes e assim ter uma visão mais ampla e crítica de ambos. Ouvi e li muitos comentários desfavoráveis à cerca deles dois e precisei conferir por mim mesma se tudo aquilo era motivado ou imotivado.

Bom, quanto ao livro as minhas primeiras impressões foram ótimas. Achei a história muito fofa, engraçada e envolvente. Só tive um pouco de dificuldades para entender o que eram exatamente as cidades de papel que falavam, mas tanto no meio quanto no final tinha um explicação que me sanou toda e qualquer dúvida. Por falar nisso, o livro é dividido em três partes, na primeira temos a aventura que Margo propõe ao Quentin e este a segue (como todo bobo apaixonado faria); na segunda parte, Margo se torna um mistério e então temos um Quentin triste, perdido, desesperado que só os amigos dele para o suportarem (amizade é tudo, né?); na terceira parte, Quentin vai atrás da Margo junto de seus amigos em uma viagem pra lá de divertida, uma vez que ele encontrou o local onde ela possivelmente está escondida (nem comento nada dessa parte).

Agora, o que seria desse livro sem Radar e Ben? Para quem ainda não leu, são os amigos do Quentin. A história pode até girar em torno de Q e Margo, mas são esses dois que dão a leveza necessária a obra. Eles são engraçados, divertidos e o tipo de amigos que todos deveriam ter. Já em relação a Margo, eu vou ser bem sincera, detestei ela apesar de seu papel fundamental para o enredo. Ela é insuportavelmente egocêntrica e não consegui ter qualquer simpatia pela garota e o Quentin, é um fofo. Ele é aquele garoto nerd, que sonha em apenas ter uma vida simples e feliz, que nutre um amor platônico pela vizinha que é também a garota mais popular da escola. 

Como eu me apaixonei por vários trechos do livro e sei que irão me matar por dar tantos SPOILERS, vou deixar eles em letra branca e quem quiser ler, é só selecionar o texto.

"- Na última vez que senti tanto medo - diz Radar -, foi porque tive que enfrentar o Lorde das Trevas para tornar o mundo um local mais seguro para os bruxos."
"- Quanto mais eu trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos."
"- Que lindo - disse minha mãe. Eu gostava que eles gostassem um do outro. - Mas será que isso não é porque, em algum nível fundamental, achamos difícil entender que o outro também é um ser humano tal como nós? Ou nós o idealizamos como deuses ou os dispensamos como animais."
"A cidade era de papel, mas as memórias não."
"É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo."
"O prazer não está na execução; o prazer está no planejamento."
"E todo mundo grita junto: NÃO. De jeito nenhum. Segura a onda aí, como um homem. Como uma dama vitoriana protege seu hímen. Com dignidade e graça, como o presidente dos Estados Unidos deve zelar pelo futuro do mundo livre."
"Que coisa mais traiçoeira é acreditar que uma pessoa é mais que uma pessoa."


Agora vamos falar do filme. Serei breve aqui, até porque ele foi muito fiel ao livro e bem poucos detalhes foram alterados, apenas o normal para uma adaptação. Os principais pontos foram tratados, como a relação entre Quentin e Margo e dele com seus amigos. Eu gostaria de ter visto mais da aventura deles dois, que é narrado na primeira parte do livro, e também da terceira parte que se remete a viagem que ele faz em busca dela, ao lado de seus amigos. A segunda parte foi na medida certa, já que no livro ela é um pouco chatinha e eu não gostaria de ficar muito tempo vendo ele dramatizar sobre ela no filme. Já o final, eu me apaixonei pelo que fizeram no filme. Ficou muito mais bonito e a mensagem foi transmitida de um jeito tão sincero e profundo, que me emocionou pra valer, ao contrário do livro. (Já disse que detestei a Margo?) Ah sim, ia esquecendo. Gostei muito da interpretação dos atores escolhidos para fazerem a Margo (Cara Delevingne) e o Quentin (Nat Wolff). E por fim, tinha o pôster para pegarmos à vontade, trouxe dois e um já está pendurado e o outro, guardado! 

E agora, a música que mais fez sucesso no filme!

Esse meu jeito de viver.
Ninguém nunca foi igual.
A minha vida é fazer o bem vencer o mal
Pelo mundo viajarei tentando encontrar
Um pokemon e com o seu poder, tudo transformar
[Pokemon]
Temos que pegar [Isso eu sei]
Pegá-los eu tentarei
[Pokemon]
Juntos teremos que o mundo defender
[Pokemon Temos que pegar]
Isso eu sei
Pegá-los eu tentarei
Vai ser grande a emoção
[Pokemooooon]
Temos que pegar, temos que pegar 


Por Jéssica ♔

2 comentários:

  1. Tá de brincadeira que Pokémon está no filme? OMG hahaha
    Acredita que quando passou o trailer tbm fiquei com a sensação que ia odiar ela?
    Gostei da sua resenha, o jeito que vc abordou o assunto comparando os dois, que bom que não alteram nada, agora fico mais curiosa para ver, preciso ler e ver logo haahah

    Beijinhos :*
    http://www.eraoutravez.com

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    1. Pam, fico feliz que tenha gostado! Sim, eles cantam Pokémon no filme e é uma das melhores cenas, a vontade era cantar junto. As alterações são mínimas, talvez no final você perceba um pouco mais a diferença. Ela não me desceu desde o primeiro capítulo do livro e só piorou com o filme, fora ela, é ótimo.

      Beijos!

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