27 dezembro 2015

As Mentiras de Locke Lamora - Scott Lynch

Título Original: The Lies of Locke Lamora
Autor: Scott Lynch
Tradutor: Fernanda Abreu
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 464
Gênero: Literatura Estrangeira/ Romance

Sinopse: O Espinho é uma figura lendária: um espadachim imbatível, um especialista em roubos vultosos, um fantasma que atravessa paredes. Metade da excêntrica cidade de Camorr acredita que ele seja um defensor dos pobres, enquanto o restante o considera apenas uma invencionice ridícula. 

Franzino, azarado no amor e sem nenhuma habilidade com a espada, Locke Lamora é o homem por trás do fabuloso Espinho, cujas façanhas alcançaram uma fama indesejada. Ele de fato rouba dos ricos (de quem mais valeria a pena roubar?), mas os pobres não veem nem a cor do dinheiro conquistado com os golpes, que vai todo para os bolsos de Locke e de seus comparsas: os Nobres Vigaristas. 

O único lar do astuto grupo é o submundo da antiquíssima Camorr, que começa a ser assolado por um misterioso assassino com poder de superar até mesmo o Espinho. Matando líderes de gangues, ele instaura uma guerra clandestina e ameaça mergulhar a cidade em um banho de sangue. Preso em uma armadilha sinistra, Locke e seus amigos terão sua lealdade e inteligência testadas ao máximo e precisarão lutar para sobreviver.



Ah, isso, pensou Locke. Bem melhor. Quanto mais no controle o alvo pensa que está, com mais facilidade responde ao verdadeiro controle. Mais uma das máximas de Padre Correntes que a experiência de Locke demonstrara ser verdadeira mais vezes do que se podia contar. p. 179.

Olá leitores!

Vocês já ouviram falar da série de livros “Os Nobres Vigaristas”? Pois então, eu acabei de ler o primeiro volume e ainda não cheguei a uma conclusão sobre a estória. Vejamos bem, o livro em si não é ruim, mas também não considero bom. Ele é um meio termo, aqueles que só se salvam por causa dos personagens que são bem construídos, já que de resto deixam muito a desejar. Por um momento eu me senti muito decepcionada, já que eu estava mega ansiosa para ler. Comprei por impulso, tendo ficado apaixonada pela sinopse, a capa e tudo que envolvia. Vale dizer que na época eu estava no clima do livro Bandeira Negra da série Assassin’s Creed.

Mas vamos lá, o livro começa contando a precoce predisposição de Locke Lamora para mentir e sua inteligência acima da média para “criar” planos que envolviam formas de roubar mais dinheiro que os outros jovens de mesma idade ou superior. Porém, nem tudo foi sempre fácil. Apesar de ser esperto, ele ainda cometia muitos erros e um desses o levou a quase ser morto por seu tutor, o Aliciador. Para não executar o jovem Lamora e também não sair no prejuízo, ele o vende para o Sacerdote Cego, que comanda o Templo de Perelandro e entre os ladrões, sua guilda é conhecida como Os Nobres Vigaristas.

Com esse novo tutor, Lamora aprende a ser mais cauteloso e paciente. Além disso, desenvolve perceptivelmente seus dons na persuasão, dissimulação e manipulação. Após a morte dele, Locke assume as rédeas de Perelandro ao lado de Calo, Galdo, Jean e de mais um garoto, o jovem Pulga, seu iniciado. Locke Lamora e seus companheiros, eram aos olhos dos outros ladrões, simples ladrõezinhos que mal ganhavam para se sustentar, pois ninguém sabia a verdadeira vocação dos Nobres Vigaristas: roubar dos ricos.

Por um tempo as coisas continuaram tranquilas, mas quando estavam no meio de um golpe novo, eis que surge o Rei Cinza, abalando com todas as guildas e inclusive com o supremo Capa Barsavi, a quem todos prestavam juramento de fidelidade e respeito.

Aqui a estória toma outro rumo. Locke se vê encurralado, uma vez que o Rei Cinza sabe o que ele faz de verdade e inclusive tem conhecimento dele ser o famoso lendário Espinho de Camorr. E aproveitando-se disso, ele o usa para alcançar seu objetivos, pouco importando-se com Lamora e seus companheiros, mesmo que todos executem seu plano com maestria.

O escritor é rpgista, então o livro todo parece um RPG, desde os termos e nomes utilizados até a forma como os personagens se movimentam e interagem ao longo da estória. Para quem gosta disso, é um prato cheio e vale muito a pena, porém terá que ter muita paciência com o enredo, para não desistir. Eu só me viciei no livro após a metade dele, quando o Rei Cinza chegou e deu aquele up que estava precisando. Quanto a diagramação, as folhas são amareladas, a fonte é pequena e é utilizada quase toda a página, com espaçamento pequeno. Tudo isso deixa o texto mais carregado e com a impressão de que demora mais para a leitura render, pelo menos é como eu me sinto quando me deparo com livros assim.


Espero que tenham gostado e até a próxima!

Por Jéssica

2 comentários:

  1. Olá Jéssica, eu adorei esse livro apesar da leitura engrenar só na metade da narrativa, na minha opinião foi bem o começo mesmo da história, pois as continuações Mares de Sangue e República de Ladrões estão melhores do que o primeiro livro. Muito boa a resenha!

    umreinomuitodistante.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu quero muito ler a sequência dele, mas vi várias resenhas dizendo que estavam piores que o primeiro livro e isso me deixou um pouco para baixo. Espero me surpreender com Mares de Sangue, ou pelo menos terminar a leitura satisfeita.

      Obrigada pelo comentário!

      ~Jéssica

      Excluir